“Abraham Palatnik - A Reinvenção da Pintura” é
uma exposição que traz a retrospectiva da trajetória do artista Abraham
Palatnik, considerado um dos pioneiros da Arte Cinética no mundo. A mostra, que
já passou por Brasília, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, estará no Rio até o
dia 24 de abril.
Nascido em 1928 em Natal - RN,
Palatnik mudou-se com a família para Tel-Aviv (então Palestina) onde estudou mecânica de motores de explosão, pintura, desenho e
história da arte. Aos 20 anos quando retorna ao Brasil, o artista se instala no
Rio de janeiro.
Na então capital federal, convive com artistas como Ivan Serpa, Renina Katz e Almir Mavignier. E, conhece as
obras dos internos do Hospital Psiquiátrico Pedro II no bairro Engenho de
Dentro, fato impactante que mudaria sua carreira, desafiando seu conceito de
arte. A exposição conta com obras de 2 internos deste hospital.
A partir
desse momento, Palatnik inicia sua trajetória com obras dotadas de vida própria,
que integram movimento, cor e luz. Suas
primeiras grandes invenções são os chamados “Aparelhos
Cinecromáticos” que consistiam em caixas de
telas com lâmpadas que se movimentam por mecanismos acionados por motores.
Na intenção de aproximar sua arte das pessoas, em 1954 Palatnik cria com o irmão uma fábrica de
móveis, que produzia vários tipos de
mesa com tampos de vidro pintados pelo artista, além de poltronas, cadeiras e
sofás. Com a mesma ideia, os irmãos inauguram, na década de 1970, a Silon, que produzia objetos de
design em formato de animais.
Continuando
a trajetória do artista, a partir de 1959, o movimento é levado para o campo
tridimensional com a criação de obras em que campos eletromagnéticos acionam
pequenos objetos colocados em caixas fechadas.
Iniciada
em 1962, a série Progressões traz obras
confeccionadas com materiais como madeira,
cartões, cordas e poliéster que, dispostos em faixas, compõem efeitos óticos.
Os Objetos Cinéticos são esculturas de arame, formas coloridas e fios que se movem acionadas
por motores e eletroímãs, nascidos em 1964.
Atualmente
o “artista inventor”, consagrado por sua arte que une tecnologia e
originalidade, segue com a produção de obras em seu ateliê, porém, de acordo com o próprio, trabalhando menos
horas do que antes.

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